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sexta-feira, 26 de março de 2010

Como Passar em concursos


Especialistas traçam estratégias para candidato passar em concurso

G1 assistiu a três palestras de especialistas na Feira do Concurso, em SP.

Determinação, sacrifício e tranquilidade são essenciais, segundo eles.

Marta Cavallini do G1, em São Paulo



Marta Cavallini/G1 Ricardo Ferreira: "Se não está disposto a sacrifícios é melhor não jogar nem tempo nem dinheiro fora" (Foto: Marta Cavallini/G1) Especialistas da área de concursos públicos estão em São Paulo para orientar candidatos que pretendem começar a estudar ou já se encontram em plena maratona de preparação por uma vaga no setor público. O G1 assistiu a três delas, que estão sendo ministradas na Feira do Concurso, que começou na sexta (12) e acaba neste sábado (13). Os temas foram dicas de estudos e estratégias para enfrentar a jornada que pode levar anos até a conquista do cargo público.

Sacrifício e calma

Ricardo Ferreira, dono da Editora Ferreira, especializada em concursos públicos e uma das organizadoras da feira, diz que quem quer passar em concurso tem que pensar bem nas renúncias que terá de fazer. “Quer abandonar o chopinho com os amigos? Está disposto a deixar de ir a baladas? Está preparado para perder o namorado? Não tem moleza. É muito estudo e determinação. Se não está disposto a sacrifícios é melhor não jogar nem tempo nem dinheiro fora”, diz.

Ferreira afirma que o percentual de desistência nas turmas básicas do curso preparatório onde dá aula é de 60% a 80%.

Ele indica que o candidato estude no mesmo dia matérias que não tenham relação entre si, como por exemplo português, matemática, direito e informática. “Recomendo estudar entre uma hora e uma hora e meia cada disciplina, alternando as matérias completamente diferentes uma da outra”.

Mas o especialista alerta: quantidade de tempo de estudo não é sinônimo de aprovação. “Não adianta estudar 10 horas sem concentração, pensando em questões familiares, por exemplo. É possível estudar três horas por dia e tomar a vaga de quem estuda 10 horas sem trabalhar”, afirma.

Ferreira ressalta que não basta estudar bastante, é preciso resgatar a informação do cérebro no momento da prova. Para isso, segundo ele, é preciso ter controle emocional. “Pessoas que estudam parte do conteúdo programático e na hora da prova estão mais calmas têm mais chances de passar do que quem estudou 100% do conteúdo e fez a prova nervoso”.

O especialista recomenda que o candidato defina antes de mais nada a área em que pretende trabalhar para começar a estudar as disciplinas básicas que sempre caem nos concursos dos cargos relacionados. Ele cita como exemplo a área fiscal, que contempla, por exemplo, os cargos de auditor da Receita Federal e fiscal de rendas nos estados, cujas matérias são português, direito tributário, contabilidade e direito administrativo.

Técnicas de estudo e aprovação

José Wilson Granjeiro, especialista em direito administrativo e diretor-presidente do grupo Gran Cursos, divulgou uma pesquisa realizada com estudantes da rede que passaram entre os 10 primeiros lugares em concursos.

Foto: Marta Cavallini/G1 Para José Wilson Granjeiro, candidato deve ter inteligência, maturidade, pensamento positivo e resistência (Foto: Marta Cavallini/G1) Segundo o levantamento, 62% deles estudaram de 4 a 6 horas por dia, 38% acima de 6 horas, chegando até 10 horas. Dentre os aprovados, 68% passaram antes de completar 1 ano de estudo, 19% de 1 a 2 anos e 13% de 2 a 3 anos de preparação. Sobre os métodos de estudo, 73% elaboraram resumos para estudar, 97% revisaram as disciplinas às vésperas da prova e 81% não usaram técnicas específicas de concentração nem memorização.

A maioria é jovem e tem curso superior: 78% têm menos de 29 anos, 22% entre 30 e 47 anos, 84% têm curso superior e 16% possuem nível médio.

“Esses candidatos dedicaram mais dias de estudo às matérias de maior peso e muitos preferem estudar em grupo para melhorar a concentração”, diz.

De acordo com o especialista, o candidato deve ter inteligência (curiosidade intelectual e vontade de aprender), maturidade (conhecer suas limitações e fraquezas), pensamento positivo para enfrentar possível reprovação e tomá-la como aprendizado e resistência para enfrentar a maratona de estudos.

Ele diz que o candidato deve criar o hábito de estudar por um período determinado e no mesmo horário todos os dias, além de cultivar hábitos de concentração. “Aí ele se acostuma com a rotina e aprende a preparar o cérebro para receber as informações. Deve haver uma pausa entre o trabalho e o estudo”, diz.

Granjeiro recomenda que o candidato faça três leituras do material de estudo: uma para quebrar o gelo com o assunto e as demais para destacar os principais tópicos. E também três resumos: um grande, outro médio e o terceiro pequeno, cada um incorporando as informações do anterior.

O professor recomenda que o candidato parta das últimas cinco provas do concurso para selecionar o material de estudo. “Aí ele vai perceber que as questões das provas se repetem muito”, comenta.


Durante a prova

Carlos Alberto de Lucca, coordenador geral do Siga Concursos, falou sobre procedimentos no dia da prova. Ele recomenda que o candidato leve analgésico, algo para comer como biscoito, barra de cereal ou fruta e água para o local do exame. Apostilas, livros e resumos devem ficar em casa. “Aí ele fica preocupado com o que não estudou”, afirma. “E prova não é local para fazer amigos, todo mundo que está lá não quer que você passe”, diz.

Marta Cavallini/G1 Carlos Alberto de Lucca (Foto: Marta Cavallini/G1)De Lucca diz que é importante o candidato folhear primeiro o caderno de provas, ler as instruções, a quantidade mínima de acertos em cada matéria e a ordem das disciplinas. “Em concursos há variados graus de dificuldade nas questões. Então comece pelas mais fáceis e tome cuidado com as que parecem mais simples de serem resolvidas, pois pode ser ‘pegadinha’, aí o candidato subestima, faz rápido e acaba errando”, diz.

Na prova de interpretação de textos em português e inglês, De Lucca recomenda que o candidato leia primeiro as alternativas e só depois o texto. No caso da prova de redação ele acha perigoso o candidato optar por fazê-la antes da prova objetiva porque ele pode se estender demais escrevendo o texto e terá menos tempo para responder as questões de múltipla escolha.

No caso das matérias de direito, ele indica que sejam feitas antes as questões mais curtas. “Bom senso para responder não adianta, tem que saber as leis”, alerta.

E, segundo ele, o candidato deve reservar 40 minutos para o preenchimento do gabarito porque se preencher à medida que responde não terá como mudar depois caso queira modificar a resposta.

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